Seja qual for o caminho metodológico a
ser escolhido pelo professor, é preciso que o processo de ensino/aprendizagem
da língua forneça ao aluno um propósito, uma intenção comunicativa, uma
necessidade de transmitir informação, de estabelecer vínculos e conviver de
maneira solidária e harmoniosa com os outros. Pois, as inúmeras variáveis que
afetam a situação de ensino podem ultrapassar a metodologia usada, de modo que
o que parece funcionar numa determinada situação não funciona em outra e
vice-versa. Além disso, muitas vezes, dá-se a metodologia uma importância maior
da que ela realmente possui, esquecendo-se de tanto o professor quanto os
estudantes, no processo da convivência, são capazes de juntos construírem conhecimentos,
podendo deixar de aprender como também aprender, apesar do método escolhido.
Ao propor uma metodologia de aprendizagem, bem como um conjunto de
métodos e técnicas de aprendizagem, voltada para a utilização em grupos, com
estratégias de desenvolvimento de competências e habilidades, requer que
trabalhemos a aprendizagem e o desenvolvimento tanto pessoal quanto social.
Sendo assim, o papel que o professor desempenha nesse processo é o de mediador
da ação docente, enxergando o aluno como agente de sua aprendizagem.
A própria natureza da linguagem exige que se considere seu uso
social, e não apenas sua organização. Quando o ensino se resume a vocabulário,
gramática, funções (cumprimentar, pedir informação) e questões ligadas ao
conhecimento sistêmico, a própria língua e sua estrutura passam a ser
entendidas como objeto de ensino. O importante é incorporar o contexto de
produção dos discursos, permitindo a compreensão do uso que as pessoas fazem do
idioma ao agir na sociedade (conheça as expectativas de aprendizagem até o 9º
ano no quadro "Expectativas de aprendizagem").
É essa mudança conceitual que vem ocorrendo nos últimos 20 anos.
Ao simularmos uma conversa por telefone, por exemplo, é importante analisar
para quem ligamos e com que objetivos. Isso significa que, ao participarem de
uma atividade real, as crianças vão aprender os conteúdos linguísticos e também
outros ligados à própria ação. Por exemplo, ao buscarem informação num site em
espanhol, perceberão, além do vocabulário e da organização da frase, diversos
conteúdos relacionados à pesquisa em si e ao assunto investigado.
Ao estudar um segundo idioma, o aluno usa conhecimentos prévios de
leitura e escrita e faz analogias com a língua materna. Embora a maior parte
dessas comparações não tenha correspondência, existe um conceito abrangente,
vindo da área de Alfabetização, que pode ser usado em Língua Estrangeira: o
desenvolvimento de comportamentos leitores e escritores por meio das práticas
sociais.
É preciso ter em mente que o ensino é um processo de interação,
através do qual o conhecimento é construído, bem como se abre caminhos para a
importância da comunicação, especialmente em uma língua estrangeira.
Os processos cognitivos típicos da aprendizagem de uma língua,
pode e deve servir como suporte para um melhor desempenho em outras áreas do
conhecimento, já que a aprendizagem de uma segunda língua, neste caso, a
aprendizagem do espanhol, propicia ao educando uma reflexão crítica em relação
à ela, e, desta maneira, leva o indivíduo a repensar a língua materna, a
própria cultura.
Cabe ao educador sensibilizar os alunos, buscando ressaltar a
importância da linguagem em questão como formação do individuo, mostrando-lhes
a dimensão educativa que uma língua pode oferecer, através do poder da
comunicação, da descoberta e da valorização do outro nas relações sociais e,
principalmente, da aquisição da consciência crítica inerente ao desenvolvimento
do conhecimento humano.
É essencial lembrar também que no ensino de uma língua estrangeira
não temos que perseguir a “perfeição”, mas devemos encorajar e animar ao
educando, fazer com que desenvolva interesse em aprender cada vez mais sobre a
segunda língua, neste caso a inglesa, principalmente quando se trata de
vocabulário, pois o domínio cada vez mais amplo do vocabulário enriquece a
capacidade de compreensão de cada indivíduo.
Sem dúvida, a aquisição de uma nova língua
amplia o horizonte de conhecimento de um indivíduo. Além desse fator, a
metodologia de ensino usado durante o processo de aprendizagem de uma segunda
língua deve causar interesse para o aprendiz, sendo que este deve ser eficiente
tanto para o educador quanto para o educando, pois se quiserem chegar à
proficiência de seus objetivos no que se refere ao ensino de língua inglesa,
devem procurar formas atualizadas que sejam capazes atender suas reais
necessidades.
Cabe também ao professor procurar uma melhoria
na qualidade do processo de ensino-aprendizagem, não se limitando apenas a
expor o conteúdo, mas deve procurar desenvolver novas práticas didáticas para
que haja entre os discentes um aprendizado maior. Contudo, o aluno também tem
que exercer seu papel de receptor, procurando estar motivado a aprender. E
aliando-se a isso as autoridades competentes devem auxiliar esses educadores,
trazendo propostas de melhoria para o ensino da língua inglesa que ainda é tão
defasado em nosso país.
Contudo, é necessário deixar claro que não
depende somente da metodologia de ensino da língua estrangeira para chegar ao
principal objetivo no processo de aprendizado, que é a aquisição de uma nova
língua. Cabe a cada um, educador e educando, ter a consciência de que é
responsável pelos seus resultados, sendo que o educador deve transmitir conhecimento
da forma mais eficaz e o educando devendo estar sempre disposto a aprender
coisas novas para seu enriquecimento intelectual.