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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Pegado ou Pego? Aceitado ou Aceito? Imprimido ou Impresso?

Quando um verbo possui duas ou mais formas de conjugação ele é considerado ABUNDANTE. Ou seja, verbos abundantes são verbos irregulares que apresentam duas ou mais formas equivalentes para o mesmo tempo e pessoa.
A abundância ocorre com maior frequência no particípio.

Alguns exemplos de verbos que possuem duas formas no particípio (VERBOS ABUNDANTES) com sua forma regular e irregular, respectivamente:

aceitar - aceitado/aceito;
acender - acendido/aceso;
benzer - benzido/bento;
eleger - elegido/eleito;
entregar - entregado/entregue;
expressar - expressado/expresso;
expulsar - expulsado/expulso;
extinguir - extinguido/extinto;
imprimir - imprimido/impresso;
matar - matado/morto;
prender - prendido/preso;
salvar - salvado/salvo;
soltar - soltado/solto;
submergir - submergido/submerso;
suspender - suspendido/suspenso.


MAS COMO SABER QUANDO USAR UM OU OUTRO? 


Usa-se a forma regular com os auxiliares TER e HAVER.
Usa-se a forma irregular com ou auxiliares SER e ESTAR.

TINHAM aceitado o pedido. - O pedido FOI aceito.
HAVIAM aceitado o pedido. - O pedido ESTAVA aceito.


Porém, na linguagem atual, GANHAR, PAGAR e GASTAR são usados apenas com os particípios irregulares - independente do auxiliar. Assim, deve-se dizer/escrever "eu tinha ganho", "eu tinha gasto", "ele havia pago".

E 'PEGAR'? EXISTE "PEGO"?
Antigamente, não, era só "pegado". Hoje, por uma questão de uso, o verbo “pegar” acabou se tornando abundante no Brasil e pode ser usada com qualquer verbo auxiliar (ser, estar, ter ou haver. Mas é importante notar que a forma pego é aceitável na fala coloquial, mas é considerada incorreta em textos que exijam a língua culta formal.
Entretanto, apesar de comumente usados em sua forma irregular, os verbos "CHEGAR", "EMPREGAR" e "TRAZER" NÃO são abundantes. Eles têm apenas o particípio regular: "chegado", "empregado" e "trazido", assim como "escrever" só possui o particípio irregular: "escrito".

sábado, 25 de janeiro de 2014

Renda per... capita ou capta?

Jornal O Norte - Publicado em 23/01/2014
Clique aqui para ver a notícia no site
PER CAPITA é uma locução prepositiva (conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição) do Latim: per (do caso acusativo, "por, por meio de") e capita (plural acusativo de caput, "topo, cabeça"). 
Assim, a expressão literalmente significa "por cabeça", ou seja, "por pessoa".

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Por que o plural de 'ão' é 'ãos', 'ães' E 'ões'?

A resposta está em conhecer a origem dos três possíveis plurais ("-ãos", "-ães" e "-ões"): o latim. Na evolução do latim para o Português como o conhecemos hoje, algumas palavras, perderam a consoante nasal "n", mas mantiveram sua nasalidade. Assim, incorporaram o til para marcar a nasalidade. 
Deste modo:
  •  se o plural em latim terminava em -anos, em português o plural será -ãos
manos > mãnos > mãos 
orphanus > orphãnos > órfãos
  •  se o plural em latim terminava em -anes, em português o plural será -ães
panes > pãnes > pães
canes > cãnes > cães
  •  se o plural em latim terminava em -ones, em português o plural será -ões
leones > leõnes > leões
natione > natiõnes > nações

Uma saída para tentar driblar a dificuldade em 'descobrir' se o plural de uma palavra terminada em 'ão' é 'ãos', 'ães' ou 'ões' é comparar a palavra em português a sua tradução em espanhol. 
Em espanhol,  as palavras terminadas em "-ano > -anos" correspondem às terminadas em "-ão > –ãos" em português (ex: hermano > hermanos - irmão > irmãos); "-on > –ones" em espanhol equivale a "-ão > –ões" em português (ex: leon > leones  - leão > leões); e a terminação espanhola "-án > –anes" equivale a terminação portuguesa "-ão > –ães" (ex: alemán > alemanes - alemão > alemães). Como não podia deixar de ser, "TODA REGRA TEM SUA EXCEÇÃO",  assim, pode haver uma ou outra palavra que não siga esta lógica, mas, no geral, a regra funciona.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

EM Recife ou NO Recife?

O uso de artigo é obrigatório quando o nome do lugar tem origem em um acidente geográfico - por exemplo: o Rio de Janeiro e a Bahia. 
Assim, como o nome Recife vem de arrecife (uma formação rochosa submersa logo abaixo da superfície de águas oceânicas), deve-se usar o artigo: NO RECIFE.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Se mantiver ou se manter?

Folha de S. Paulo - Sábado, 25/AGO/2012 - Cotidiano
Clique aqui para ver no site da Folha
Quando a oração começa com SE ou QUANDO, usa-se o futuro do subjuntivo, que deriva do pretérito perfeito do indicativo. conjugação da primeira pessoa do singular dos verbos nestes tempo e modo verbal é feita pela eliminação das duas últimas letras (sempre "am") da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito.
Por ser derivado do verbo TER, para chegarmos à primeira pessoa do singular do verbo MANTER, conjugamos o verbo ter na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito: TIVERAM. Eliminando as duas últimas letras, obtemos TIVER. Portanto, a forma correta do futuro do subjuntivo do verbo manter é MANTIVER.

FUTURO DO SUBJUNTIVO
quando eu mantiver
quando tu mantiveres
quando ele mantiver
quando nós mantivermos
quando vós mantiverdes
quando eles mantiverem

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Uso do Acento Grave

A crase é a fusão da preposição a com o artigo definido feminino a e, por esta razão, o acento grave (a representação gráfica da crase) não é usado antes de palavras masculinas, verbos, pronomes pessoais (sujeito).